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Oduduá
Oduduá

 

Oduduá é uma das divindades primordiais. Ela é considerada, ao lado de Obatalá como o casal primordial e propulsor da criação. Cada um foi incumbido de determinadas funções no papel da criação do Aiyê, ouniverso incluindo o mundo em que vivemos. O universo é visto dentro do culto aos Orixás como uma grande cabaça e esta cabaça é representada por Oduduá e Obatalá. Oduduá é considerada como a parte de baixo da cabaça e Obatalá é considerado como a parte de cima da cabaça.

O nome Oduduá pode ser traduzido como a cabaça de onde jorrou a vida. Muitos costumam se enganar e a afirmar que Oduduá seria um Orixá masculino ao invés de masculino, mas o que ocorre é uma confusão entre a divindade feminina Oduduá com o ancestral iorubano divinizado Oduduá, que na verdade é conseiderado em território africano como sendo uma forma humana da deusa Oduduá, ou seja, o guerreiro legendário e a deusa Oduduá seriam as mesmas pessoas. Esta é uma visão muito ampla no que concerne à essência divina mas isso é algo que vai muito além da capacidade de aceitação de algumas pessoas e sacerdotes.

O surgimento de Oduduá, bem como o de Obatalá, é muito interessante. Diz-se que involuntariamente nos primórdios da criação, quando a única coisa existente nos mundos era o Olorun, a grande energia primordial, Oduduá, a deusa, surgiu do corpo de Olorun, a grande energia primordial, assim como Obatalá e outra tantas divindades.

Foi Oduduá quem criou a terra e todo o universo como o conhecemos e, ao lado de Obatalá, possibilitou o surgimento da vida. 

Em terceiro lugar, com a Eerupe ou “Lama”, mistura de Água e Terra, mas também vivificada por Seu Hálito e Centelha Divina (Fogo e Ar), Olorun criou o Imole Exú, o “Terceira Cabaça”, ou “Terceiro Ser Criado” ou ainda, o “Esu Ancestral”, o Imole da Dinamização, da Transformação e da Restituição, quer no Além ou quer na Terra-da-Vida e, portanto, portador de todas as Qualidades do Vermelho, do Preto e do Branco. O Imole Esu Agba é, portanto, o primeiro Ara Orun ou “Corpo do Além”, ou seja, a “Primeira Individualidade Espiritual” a ser criada com o concurso da Matéria combinada: Fogo (Centelha Divina), Ar (Hálito Divino), Água e Terra (Eerupe, a Lama). Sua qualidade de “Terceiro Ser Criado” o constituiu em Osije ou “Mensageiro Divino” com permissão expressa de se apresentar perante Olorun que somente receberá Oferendas se elas forem conduzidas por Imole Esu Osije.

Oduduá é uma Orixá Funfun absolutamente diferente dos demais, embora semelhante em essência, é feminina, sendo cultuada em diversas regiões como esposa de Obatalá, embora seja, em princípio, sua irmã. "Iya Male” (Mãe das Divindades ou Mãe Divina)

 

Orin Oduduá

 

Iya dakun gba wa o; – Oh Mãe! nós suplicamos que nos libertes;

ki o to ni to mo; – olhai por nós, olhai por nossos filhos;

ogbebi  l’Adó  ! – Tu  és  aquela  que  te  estabelecestes  em  Adó!”

 

Na cultura yorubá existem duas grandes versões para a criação do mundo, na verdade alegorias para a formação das cidades-disnatias que pretendiam a hegemonia do mundo yorubá: Ifé (considerada pelos yorubás como berço do mundo) e Oyó.
Os líderes dessas dinastias foram divinizados: Oduduá em Ifé e Oranmiyan em Oyó. Nas duas cidades, a lenda conta que seus líderes chegaram do Além, trazendo uma substância escura e desconhecida, fornecida pelo senhor supremo, Olodumaré (Olorum), e jogaram sobre as águas primitivas formando um pequeno monte de terra, sobre o qual pousa uma galinha que cisca e começa a espalhar a terra sobre a qual Oduduá para Ifé e Oranmiyan para Oyó tornaram-se senhores absolutos.
fonte: Wikipédia


Odùduwà


Odùduwà chegando ao Àiyé, cria tudo o que era necessário e delega poderes às divindades que o seguiram, conhecidos como os Àgbà*, para governarem a criação, e volta ao Òrún, e só retornaria quando tudo estivesse realmente concluído. Òrìsànlá, que tinha ficado no Òrún com seus seguidores, já tinha moldado corpos suficientes para povoar o inicio do mundo, vai então para o Àiyé, com seus seguidores, os Funfun*; fato que ocorre antes da volta de Odùduwà para o Àiyé. *Anexos.
Quando Olófin Odùduwà retorna ao Àiyé, funda a cidade de Ilê-Ifé, e vem a ser o primeiro Oba (rei) do povo yorubano com o titulo de "Oba Óòni", ou seja, o primeiro Óòni de Ifé, e a cidade se torna a morada dos deuses e dos novos seres.
Durante todo este tempo, Odùduwà que já estava casado com Ìyá Olóòkun, divindade feminina, responsável e dona dos mares, tem dois filhos, o primogênito, a divindade Ògún e uma filha de nome Ìsèdélè. O tempo passa, e Odùduwà, que era uma divindade negra, porém albina, incumbe seu filho Ògún de ir para a aldeia de Ògòtún, vizinha de Ifé, conter uma rebelião.
Ògún, divindade negra, senhor do ferro, parte para sua missão e realiza o intento, trazendo consigo Lakanje, filha do rebelde vencido. Ora, Lakanje era espólio de Odùduwà, o Óòni de lfé, portanto intocável, mas Lakanje era muito bela e extremamente sensual e Ògún não resistiu aos seus encantos e com ela teve várias noites de amor, durante sua viagem de volta. Chegando a lfé, ele entrega os espólios da conquista, inclusive Lakanje, a seu pai Odùduwà, que também não resistiu aos lindos encantos da mortal Lakanje e por ela se apaixona e acabaram por casar-se. Ògún nada tinha contado a seu pai dos fatos ocorridos e logo após o casamento Lakanje está grávida, desta gravidez nasce um filho de nome Odéde.
Só que o destino foi fatídico, Odéde nasceu metade negro, como a pele de Ògún e metade branco, como a pele do albino Odùduwà, revelando assim, a traição de Ògún para com a confiança do seu pai, esta situação gerou muita discussão entre Odùduwà e Ògún, mas a principal foi "quem tinha razão", ou, quem teria mais "genes" no filho em comum, Odéde, e cada um se posicionava com a seguinte frase : "a minha palavra triunfou" ou "a minha palavra é a correta", que aglutinada é Òrànmíyàn e foi assim que ele passou a ser chamado e conhecido.
Com Lakanje, uma das muitas esposas de Odùduwà*, ou com outras, teve ou já tinha mais seis filhos, outros dizem dezesseis, uns, um número maior ainda, enfim, alguns dos filhos destas esposas, geraram as linhagens dos Obas Yorubanos, uns foram os precursores de sete das principais tribos, ou mais, que deram origem à civilização dos yorubas, e religiosamente falando, todos os povos do mundo. Os filhos, netos ou bisnetos de Odùduwà, os deuses, semideuses e/ou heróis, formaram a base da nação yoruba, portanto Olófin Odùduwà Àjàlàiyé é aclamado como "O Patriarca dos Yorubas". *Anexo
Obàtálá (Òrìsànlá) ,que também já estava no Àiyé com sua comitiva, mas devido a grande rivalidade com Odùduwà, foi expulso de Ilê-Ifé e funda a cidade de Ìgbò e se torna o primeiro Obà Ìgbò chamado também de Bàbá Ìgbò, pai dos ìgbòs. Numa sociedade polígama, Òrìsànlá é um caso raro de monogamia, pois a divindade Yemowo foi sua única esposa e não tiveram filhos.

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